segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para a frente e para trás

Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
não significas nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
Clarisse Lispector

Agora sugiro-vos que o leiam de trás para a frente.

Escritora brasileira de origem judia e de raízes ucranianas, este poema é a prova viva do poder da palavra e da sua ambivalência emocional e sentimental.


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